segunda-feira, 18 de maio de 2015

GNU/Linux nas empresas

A ideia desse artigo é demonstrar o porquê e como o GNU/Linux pode ser usado pelas empresas. As vantagens são inúmeras como segurança e estabilidade, mas sempre deve-se levar em conta as necessidades de cada empresa. Antes de tudo talvez tenha que esclarecer alguns conceitos que envolvem o GNU/Linux, pois pode haver alguém que não saiba nada sobre esse sistema operacional.


Introdução:


Para começar um software é uma sequencia de instruções escritas para que o computador realize uma determinada tarefa. Essa sequencia é chamada de código-fonte e é feito através de uma linguagem de programação como Java, C e Assembly.
Em relação ao código-fonte, o software pode ser dividido em proprietário e livre. O software proprietário é chamado assim porque seu código-fonte é fechado e de propriedade de uma empresa ou programador, isso significa que o código-fonte não esta disponível para outros programadores. Assim esse tipo de software torna-se produto de venda dessa empresa como se fosse um objeto qualquer. Já no caso do software livre, o código-fonte é aberto para ser visto e alterado de acordo com a visão ou necessidade de uma empresa, grupo de estudo ou usuário. O software livre pode ser pago ou gratuito, pois ser livre não necessariamente é de graça até porque para desenvolver qualquer software é precisa pagar o programador.
Em relação à licenças, o software proprietário usa o Copyright como regras de uso. Sua cópia, redistribuição e modificação são proibidas pelo proprietário. O software livre tem dois tipos de licença que são GPL e BSD. GPL significa General Public License, é uma licença da GNU que proíbe que qualquer software seja integrado em um software proprietário e que suas liberdades sejam preservadas. BSD foi inicialmente utilizada nos softwares da Berkeley Software Distribution. Ela impõe algumas restrições em relação a uso, alterações e distribuição. O programa pode ser vendido e não precisa incluir o código-fonte Para entender mais sobre licenças clique no link.



Uso do GNU/Linux nas empresas:


O GNU/Linux tornou-se muito usado nos servidores devido a estabilidade e segurança. Para que usuário leigo entenda, o servidor é um computador que tem uma função específica como por exemplo banco de dados. Nos últimos anos o GNU/Linux vem tornando-se cada vez mais fácil para o usuário doméstico e graças a isso ele é ideal para usar em desktop. Além disso há uma série de ferramentas que já vem instalados como o BROffice que é um pacote de programas para escritório que é semelhante ao MS Office.
Um exemplo de uso do GNU/Linux além dos servidores foi o uso na produção do filme Avatar. Em torno de 70% do filme foi feito sobre efeitos e renderizações rodando sobre o Ubuntu 7.10 e os outros 30% foram filmagens dos atores.



Vantagens e desvantagens do uso do GNU/Linux:


De maneira geral, o software livre sofre grande preconceito do público em geral devido a falta de informação ou até falta de compreensão sobre o que ele realmente é. O empresário deve ser considerado como usuário comum e ele deve ter consciência disso e buscar um especialista para ajudá-lo a traçar um caminho. Pessoalmente acho que as principais vantagens e desvantagens do GNU/Linux:


Vantagens:


  • Licença: dependendo da distribuição, a licença pode ser gratuita ou paga. No caso de ser paga geralmente seu custo/benefício é maior do que da Microsoft. Um exemplo disso o a distribuição Red Hat que no ato de adquirir a licença por um ano paga em torno de U$ 50 (R$ 150 aproximadamente e de acordo com cotação do dia 18/04/2015), porém não é necessário pagar outras licenças como para programas de escritório (BROffice) por já virem o pacote na mídia (DVD). Já o Windows 8.1 custará em torno de R$ 410,00 segundo esse link.
  • Segurança: o GNU/Linux por ser de código-fonte aberto é fácil encontrar e corrigir as falhas e brechas podendo corrigi-las o mais rápido possível.
  • Flexibilidade: pelo motivo descrito anteriormente, a empresa pode alterar o GNU/Linux de acordo com as suas necessidades. Além de tudo tem vários ambientes gráficos (janelas) que o usuário (empresário) pode escolher de acordo com o seu gosto. Isso não ocorre com Windows que tem apenas um ambiente gráfico. Exemplos de ambientes gráficos do GNU/Linux: KDE, GNOME, XFCE entre outros;
  • Controle: o GNU/Linux tem um sistema de controle de usuários. Nesse sistema há dois tipos de usuários: o root ou administrador que tem controle total sobre o GNU/Linux e o usuário comum que tem poucos privilégios ou até mesmo nenhum;
  • Reconhecimento de Hardware: todo hardware é reconhecido no momento da instalação do sistema. São poucas as vezes que é necessário a configuração do driver.
  • Opções de Software: no caso do empresário não gostar de um determinado software tem a opção de adquirir outro semelhante.


Desvantagens:


  • Insegurança: apesar da evolução GNU/Linux e do software livre, esse tema ainda é uma incógnita para o empresário e por essa razão prefere não se arriscar em algo que para ele é desconhecido;
  • Drivers: apesar da grande evolução do desenvolvimento de drivers por parte de grandes empresas de tecnologia ainda é uma questão deficitária;
  • Aplicativos: o número de aplicativos desenvolvidos para GNU/Linux cresceu, mesmo assim alguns aplicativos importantes não são feitos para o sistema. Porém alguns softwares que o empresário prefere pode não estão disponíveis para o GNU/Linux. Há alguns softwares semelhantes, mas pode ocorrer que sua interface seja diferente e o empresário terá que se adaptar a ele com uma certa dificuldade.
  • Treinamento x Custo/benefício: apesar de uma economia que o empresário pode vir a ter na implementação do GNU/Linux devido as licenças, isso pode vir “por água abaixo” se seus funcionários não tiverem treinamento. Esse treinamento pode sair caro para a empresa;
  • Padronização: há uma grande quantidade de distribuições do GNU/Linux e cada uma delas tem formas peculiares de administração, então fica difícil para o empresário tomar uma decisão por qual delas é a melhor para sua empresa.


Conclusão:



O GNU/Linux evolui muito nesses últimos anos tornando-se cada vez mais fácil sua utilização pelo o usuário final e isso reflete no mundo empresarial. Grandes empresas como a IBM, Hewlett-Packard (HP), Dell e Nvidia dão suporte disponibilizando drivers de seus equipamentos para o GNU/Linux e por essa razão é viável a implementação do sistema do “pinguim” em uma empresa. Há um bom número de vantagens para a migração para GNU/Linux, mesmo assim pode não ser o suficiente para convencer o empresário por que as desvantagens podem pesar mais na hora da decisão pelo GNU/Linux. Para que implementação ocorra sem problemas é importante que a empresa procure um profissional habilitado em software livre pois ele poderá indicar o melhor caminho e dar um suporte apropriado.


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